Há várias opções de antivírus gratuitos para baixar da internet.
E quando é preciso escolher um deles, o usuário sempre se questiona: qual
deles é o
melhor para defender o PC dos vírus?
O INFOlab resolveu encontrar a resposta. Para isso, colocou os cinco
antivírus gratuitos mais baixados do Downloads INFO (AVG, Avira, Avast,
Imunnet e Microsoft
Security Essentials) para se enfrentarem em um teste que analisou o
potencial de proteção, o desempenho e também os recursos de cada um deles.
Os antivírus enfrentaram uma amostra com 21.587 vírus. No pacote, feito com
pragas que surgiram no mercado de 2010 para cá, malware de todo tipo: cavalo
de troia,
botnet, time bombs, worms, hijackers, entre outros. Além do poder de
detecção, o INFOlab avaliou a capacidade dos antivírus em detectar phishings
e o desempenho
de cada um deles durante a varredura da máquina.
O INFOlab avaliou ainda o desenho da interface e a facilidade de uso cada um
dos programas. Um antivírus complexo de usar é difícil de configurar, ou
seja, dificulta
a vida dos usuários. Os recursos extras também foram avaliados eles são
importantes para ampliar a proteção do micro.
Mas antes de partirmos para o resultado, algumas considerações sobre o
teste.
- O INFOlab testou os antivírus nas mesmas condições, ou seja, no mesmo
sistema operacional (Windows 7 Ultimate 64 Bits totalmente atualizado) e no
mesmo computador:
um PC equipado com um processador AMD FX-8150 de oito cores de 3,6 GHz, 4 GB
de memória RAM e disco SSD de 128 GB.
- os antivírus enfrentaram ainda um repositório de phishings. Os endereços
foram acessados a partir do navegador Internet Explorer 9, devidamente
atualizado, com
as configurações padrões e, inclusive, sem nenhum tipo de add-on ou
extensão. O recurso filtro de segurança, que usa recursos de proteção do
Windows, foi desabilitado
durante o teste.
- todos os programas, durante o teste, tinham as atualizações definições
contra vírus - mais recentes disponibilizadas pelos fabricantes.
- um antivírus bom não pode ser medido apenas pelo nível de detecção, mas
também pelos recursos extras e, claro, desempenho. Por isso, esses dois
tipos de dados
foram levados em consideração na avaliação dos produtos.
Na próxima página, os resultados:
Página 2:
5º - Microsoft Security Essentials
Não temos para baixar.
O antivírus da Microsoft não ficou na última posição à toa. Ele teve um
péssimo desempenho nos testes do INFOlab. Quando foi exposto ao pacote de
pouco mais de
21
mil vírus, só detectou 1,7 mil malware e gastou mais de 4 horas e meia
para a tarefa. Para piorar, o antivírus não aumentou a proteção do sistema
contra phishing,
deixando o usuário exposto aos links maliciosos da internet, e nem
disponibiliza recursos para aumentar a sensibilidade da detecção de vírus.
Dos cinco antivírus testados, o Microsoft Security Essentials é o que mais
consome memória do sistema quando está em standby (cerca de 12 MB mas o
número pode
variar de um computador para outro). O software, como a maioria dos rivais,
é fraquinho no pacote de recursos: oferece apenas antispyware, antirootkit e
uma integração
com o firewall nativo do Windows 7.
Se o programa ficou devendo na detecção, o software acerta na interface. Ela
está totalmente em português e não abusa dos termos técnicos (o que é bom
para os leigos).
Contudo, o software não é recomendado para quem conhece pouco de
informática, já que ele não é capaz de garantir eficiência na proteção
contra as pragas da internet.
Ou seja, o software só dá a falsa impressão de proteção.
O Avira detectou cerca de 10 mil vírus do pacotão com 21 mil malware (menos
da metade). Um desempenho bastante fraco. O antivírus também foi incapaz de
ampliar
a
defesa contra links maliciosos no Windows um tipo de proteção que é
extremamente necessário hoje, visto que a maioria dos ataques de segurança
se origina na internet.
O software deixou a desejar também na parte de desempenho.
Quando estava em standby, o Avira consumia cerca de 10,7 MB da memória RAM.
No entanto, quando é ativado para rastrear vírus no PC, o Avira aumenta
bastante seu
consumo: na máquina do INFOlab, foi para mais de 150 MB e deixou o micro
bastante lento. O valor é quase 12 vezes maior do que a média registrada nos
demais antivírus
do teste.
O Avira também apresentou um outro incômodo (e que pode irritar muito os
usuários que gostam de PCs rápidos): ele dobra o tempo do boot. Ou seja, se
o seu Windows
demora 20 segundos para ligar, com o Avira instalado ele vai levar 40
segundos para ficar pronto para uso.
O software também é pobre em recursos e só oferece um extra: um sistema
antispyware. A interface, no entanto, é bem boa. Apesar do visual simplista,
os comandos
são organizados e fáceis de encontrar. Um leigo, por exemplo, não terá
dificuldade em compreender os comandos para realizar a varredura específica.
A interface do programa também oferece um painel com opções avançadas, ideal
para os usuários com um perfil mais técnico. Nela, por exemplo, estão as
opções para
aumentar a sensibilidade do antivírus e refinar algumas características.
Contudo, nem aumentando a sensibilidade da varredura, o Avira melhorou seu
desempenho
o que faz dele um antivírus arriscado para quem navega por sites suspeitos e
não se preocupa ao abrir qualquer tipo de anexo que recebe pelo e-mail.
O software é um pouco diferente dos demais. Enquanto os outros antivírus
usam vacinas baixadas da internet, o Immunet consulta uma base de proteção
local e outra
que está na nuvem. Em tese, isso aumenta a proteção: já que o software
sempre tem acesso a uma base mais atualizada de vacinas.
Só que essa vantagem, no entanto, não foi capaz de colocar o Immunet na
frente neste teste. No INFOlab, o antivírus detectou apenas 10,9 mil vírus
do pacote de
vírus
(com cerca de 21 mil ameaças). O software foi mal também na parte de
phishing: ele não bloqueou o acesso do Windows a alguns links maliciosos.
Por usar a nuvem de internet durante a investigação de vírus no PC, ele
demorou 327 minutos para analisar o pacote de vírus ou seja, quase seis
horas. O tempo
é muito extenso, ainda mais quando se leva em conta que o computador que o
INFOlab usou é de alto desempenho e a conexão banda larga de alta
velocidade.
O Immunet Free Antivirus, no entanto, foi um dos software que menos consumiu
memória do computador durante o teste. Quando estava em standby, ele usava 2
MB de
memória
do sistema; já quando era ativado para fazer a varredura de vírus, o Immunet
aumentava o uso para 10,3 MB. O software também afetou pouco o boot do
Windows: aumentou
apenas em 23% a inicialização do sistema operacional.
Se vai bem no desempenho, o software vai mal na interface (que é só
disponibilizada em inglês). A central de controle do Immunet parece que não
evoluiu como as
dos
demais antivírus. Os comandos estão distribuídos desordenadamente e, em
alguns momentos, são lentos e poucos intuitivos o usuário mais leigo
poderá se perder
para
executar uma varredura mais avançada. O software também oferece poucas
opções de configurações avançadas, o que desagrada os usuários mais
exigentes e ávidos por
refinar a segurança do micro.
O AVG, durante os testes, deu um susto. Ao enfrentar o pacotão de vírus, ele
insistia em detectar apenas 95 vírus. Depois de algumas investigações, o
problema foi
descoberto: ele é configurado nativamente para ignorar arquivos sem
extensões executáveis. E como a maioria dos vírus não tinha uma extensão
executável (como .exe
e .pif), o AVG não identifica os malware.
Ao mudar as configurações do software para obrigá-lo a investigar todos os
arquivos, o cenário mudou. Com a sensibilidade ampliada, o AVG não só
identificou os
vírus
como teve o melhor desempenho de detecção do teste: descobriu e eliminou
16,2 mil pragas do pacotão de 21 mil vírus.
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Segundo a AVG, o software deixa de varrer (na configuração nativa) os
arquivos não executáveis para ter um melhor desempenho. A ideia da empresa é
boa, pois deixa
a varredura rápida. Mas também cria um problemão. Se o usuário não muda as
configurações do AVG, o PC pode ficar com vírus inativos armazenados e,
assim, se tornar
um hospedeiro de ameaças (segundo os próprios fabricantes de antivírus,
arquivos não executáveis, como imagens e PDFs, podem conter vírus).
Na parte de desempenho, o software registrou uma marca ruim. Ele ampliou o
tempo do boot do Windows em 223%. O consumo de memória dele também foi alto
frente aos
outros antivírus do teste: em standby, o AVG 2012 Fre usou quase 10 MB de
memória RAM; quando estava caçando vírus, o programa consumiu cerca de 16
MB.
O antivírus, por ser gratuito, tem um bom pacote de recursos. Além da
proteção contra vírus, ele traz ferramentas para defender o PC de phishing,
rootkits e spywares.
Ele também instala um widget no desktop do Windows que funciona como um
atalho para a varredura padrão do AVG.
A interface do programa é simples, organizada e intuitiva indica bem o que
está ativo e inativo, por exemplo. No entanto, quando o usuário acessa a
parte de opções
de cada um dos recursos do software, ele pode se perder por causa da
quantidade de opções. Apesar dos problemas, o AVG 2012 Free quando
configurado corretamente
é uma excelente solução para defender o PC.
N.E.: Para ativar a varredura de arquivos não executáveis no AVG Free 2012,
o usuário deve ir até a opção Ferramentas. Nesta opção, escolher
Configurações Avançadas
e na sequência Verificações. Feito isso, ativar as quatro opções de
verificações (Verificar todo o computador; Verificação de Extensão de Shell;
Verificar Arquivo
/ Pastas; e Verificação de dispositivo móvel).
No teste do INFOlab, o Avast venceu o AVG por detalhes. O programa capturou
15,8 mil vírus do pacote de 21 mil vírus (400 a menos do que o AVG),
contudo, ele não
precisou ter sua sensibilidade de varredura aumentada para isso. Ainda na
parte de proteção, o software garantiu uma proteção bastante eficaz no
acesso a um conjunto
de sites que contaminam o PC com malware.
Dos cinco, o software é o que consumiu menos memória RAM quando estava em
standby, em torno de 2 MB. Durante a varredura, o consumo aumentava para
quase 6 MB e
não
comprometia o desempenho do computador do INFOlab.
Ele não impactou muito o desempenho do Windows: o sistema operacional ficou
cerca de 41% mais lento no boot depois que o Avast foi instalado.
No teste, foi constatado que o Avast é o que mais oferece recursos. Ele vem
com proteção contra phishing, spyware e rootkit. Tem ainda sistemas para
verificar vírus
em e-mails, mensageiros e programas de trocas de arquivos P2P. O conjunto,
vale dizer, aumenta a capacidade de proteção do software.
O software, que até a versão 4.8 sofria com sua interface confusa e feia
(quem se lembra do modelo que imitava um player de áudio?), agora tem uma
central de controle
sofisticada, bonita e bem intuitiva. Os usuários encontram facilmente os
botões para a varredura contra vírus e as configurações são fáceis de fazer.
Essa facilidade
toda é graças aos textos que explicam os comandos do software, que estão bem
localizados.
É por causa desse equilíbrio em todos os quesitos, que o software foi o que
mais se destacou nos testes do INFOlab.
Fim